Desbravadores brasileiros vivem aventura na Bolívia

A equipe de líderes de Desbravadores da Associação Sul de Rondônia foi participar do IV Campori da União Boliviana da Igreja Adventista do Sétimo Dia, nos dias 8 a 11 de julho de 2009. O grupo participou de um intercâmbio cultural e de um treinamento de liderança. Durante o Campori foram realizadas diversas provas, aliás, obstáculos naturais gigantescos para o físico e para o emocional dos participantes.A Montanha do Dragão ao lado do Lago Titicaca em Santiago de Ocola assusta com suas cruzes ornamentando a subida. O topo alcançado pelos brasileiros fica a 5.850m acima do nível do mar. O lago Titicaca tem 8.300 km² de extensão, tem profundidade máxima de 280m, está no altiplano dos Andes, na fronteira do Peru e da Bolívia e tem 41 ilhas. É o mais alto lago comercialmente navegável do mundo. O frio noturno com vento gelado, temperatura de 15 graus abaixo de zero. Na última noite nevou. O banho no lago gelado aumentou o sentimento de superação do grupo que vestiu o short e entrou na água. A travessia do Lago com ventos gelados numa embarcação para 50 pessoas com destino a Ilha do Sol, foi outro momento de muita emoção.Também foi feita a visita à Ilha do Sol com ruínas e templos milenares dos extintos povos incas. Somente alguns guardiões de sua cultura sobrevivem por lá. As mulheres são conhecidas como chiolitas. No dia 13 de manhã, uma representação do grupo foi conhecer o Vale da Lua. Lá fotografaram crateras e acidentes geográficos com suas minigrutas que, segundo os guias, são os mesmos acidentes do solo lunar. Esse vale lembra um pouco o Vale da Lua do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros no Goiás. Só que o vale brasileiro tem piscinas naturais, o solo é de rochas e na Bolívia o solo é de areia e terra e os acidentes são bem mais elevados do que os do vale brasileiro.No dia 13 também foi feita a escalada da montanha Huayna Potosí, a 50 km de La Paz. Esta montanha gelada, considerada por muitos o símbolo da paz, une a Cordilheira Real ao maciço de Mamocora Taquesi. O grupo começou a subir às 17h. Na subida encontraram russos e franceses que desciam com equipamento profissional de escalada pendurados nas costas. A maioria do grupo rondoniense subia uma montanha nos Andes pela primeira vez. Os únicos equipamentos que usavam eram os pés, as mãos, água, bastões de chocolate para repor energia e muito agasalho. Passo a passo, descanso de cinco em cinco metros até o topo. Até o gelo. Estavam vencidos os 6.088 metros acima do nível do mar. O grupo não subiu pelos lados oeste e noroeste, locais de extremas dificuldades técnicas por onde só alpinistas andinos experientes devem escalar. Estenderam as bandeiras do Brasil e de Rondônia, como símbolo da conquista.Já no dia 14, à noite, deixaram La Paz e viajaram para Cochabamba. Lá se encantaram com a Universidade Adventista da Bolívia, visitaram o comércio local e voltaram ao Brasil. Na interminável lista de lições aprendidas o grupo destacou: humildade, espírito de equipe, tolerância cultural, grandeza de Deus, criacionismo, providência divina, dilúvio etc., sentimentos que, segundo os participantes, mudarão para melhor o ministério de cada líder aventureiro. Os líderes foram: Enoque Gutzeit, Jacilene Gutzeit, Fabrício Andrade, Leonice Andrade, Ivana Araújo, Édson D’avila, Sonete Pereira, Clayton Andrade, Abel Fernandes e o correspondente, Ivanilson Araújo. [Fonte: ASN]

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