3º Campori da UNeB - números fantásticos

Parnamirim, RN ...[ASN] A imprensa potiguar se surpreendeu. Todas as emissoras de TV da capital e também os grandes jornais acompanharam com atenção e espanto a minicidade formada no Parque de Exposições Aristófanes Fernandes, entre os dias 11 a 16 de fevereiro, quando 14 mil desbravadores brilharam no 3º Campori do Nordeste. Palavras como disciplina, controle, celebração, amizade, mensagens, gincanas, solidariedade, fé e muita festa, presentes em variadas reportagens que foram ao ar no período, mostram bem como o maior acampamento regional já realizado pela Igreja Adventista em todo o mundo cumpriu com sua missão de levar a mensagem cristã por meio de crianças e adolescentes. “Estar aqui, junto com milhares de pessoas, sentindo a mesma experiência de fé, é motivo de muita alegria para mim”, disse Neizon Higino, 20 anos, um dos participantes do campori.
Os números impressionam. Os 14 mil jovens que acamparam no parque de exposições representam, segundo o IBGE, mais de 60% das cidades do Nordeste, com população de até 10 mil habitantes. Foram 350 clubes, um milhão de litros de água, 14 toneladas de alimentos, 200 mil refeições servidas, 600 chuveiros, 250 banheiros químicos e mais de duas mil pessoas trabalhando como apoio para realização do evento.
“Tudo é incrível, estou vivendo os melhores dias de minha vida”, afirmou Andresa de Deus, 15 anos, vinda de Salvador, BA. Na noite de abertura, na quinta-feira, ela esteve na arena montada para a realização do principal encontro dos desbravadores, ocorrido diariamente. Ouviu do pastor Elmar Borges, líder de Desbravadores da Igreja Adventista para o Nordeste, e coordenador do campori, o apelo para que os desbravadores leiam mais a Bíblia Sagrada. “Queremos que vocês saiam daqui ainda mais apaixonados por Jesus”, empolgou-se o líder, sendo bastante aplaudido ao anunciar a doação de Bíblias personalizadas para todos os participantes.
O apelo para a dedicação ao estudo da Palavra de Deus ainda teve um momento especial, na abertura, quando os presidentes de sedes administrativas da União Nordeste Brasileira – escritório da Igreja Adventista para a região –, subiram ao palco carregando réplicas gigantes do livro sagrado. As cópias reportavam à campanha “Siga a Bíblia”, um marco de valorização do estudo das Escrituras em todo o mundo, ocorrido no ano passado. O pastor Otimar Gonçalves, líder de desbravadores para a América do Sul, reforçou o apelo para que os adolescentes gastem horas estudando a Bíblia. “Vocês têm nas mãos o guia definitivo para a vitória espiritual que tanto precisam”, disse. Recebida como um aforismo, o apelo do líder contribuiu para um momento inesquecível, quando milhares de vozes silenciaram para ouvir a oração proferida pelo pastor Geovani Queiroz, presidente da Uneb, num claro sinal de que a mensagem foi compreendida por todos.
60 anos dos desbravadores - Além da mensagem do pastor Otimar Gonçalves, os desbravadores contaram com a participação do líder mundial, pastor Baraka Muganda. Foram três noites de uma contagiante declaração de amor a Jesus e ao evangelismo, e de apelo para que os adolescentes adotem um senso de urgência para a pregação da mensagem a amigos e familiares. “Deus quer que vocês corram para levar a luz divina a todas as pessoas”, declarou, sendo saudado com acenos acalorados de aprovação ao apelo. Foi assim durante todas as noites, um clima de celebração e motivação para os ideais de salvação, comunhão e serviço defendidos pela Igreja. Cantores e grupos, como o quarteto Athus, o grupo de metais da Faculdade Adventista da Bahia, Laura Morena e Leonardo Gonçalves participaram com o louvor.
Houve espaço também para homenagens. Em comemoração pelos 60 anos de história dos desbravadores no Brasil, os líderes que ajudaram a consolidar os clubes no Nordeste foram homenageados. Destaque para dois momentos: a homenagem ao pastor Antonio Brito, presidente da Missão do Oriente Boliviano, e ao pastor Erton Köhler, presidente da Divisão Sulamericana. Ambos foram líderes de desbravadores da Uneb e conduziram os dois camporis anteriores. O outro momento marcante foi a homenagem aos pioneiros de cada estado do Nordeste, em especial a menção à memória da assistente social e educadora Joselita Rodrigues, primeira mulher a fundar um clube de desbravadores no Brasil, no início da década de 60, falecida em janeiro de 2010.
A lembrança dos 60 anos dos desbravadores no país serviu também para uma prova curiosa. Cada clube foi desafiado a produzir um bolo temático, relativo à efeméride. Uma exposição com mais de 300 bolos atraiu a atenção dos participantes. Um deles, produzido por um clube de São Luiz, MA, levou mais de 10 horas para ficar pronto. Consumiu mais de 8 kg de farinha de trigo, e ficou com cerca de 20 kg, depois de pronto. Trazia referências às várias atividades desenvolvidas pelos desbravadores.
Durante o dia, o carrossel de atividades parecia interminável. Houve provas de ação comunitária, como a limpeza de praias e a entrega de brinquedos para crianças carentes. Provas de resistência, exercícios em rapel inclusive; houve execução de marchas, noções de adestramento de cães, com exibição pela polícia militar; também ocorreram provas de primeiros socorros. A estudante Hanna Góes, 14 anos, de Irecê, BA, viu nesse tipo de especialidade uma oportunidade para a vida. “Posso usar o conhecimento de primeiros socorros em meu cotidiano”, declarou.
As provas de conhecimento pontuaram a rotina do campori. Mais uma vez, a Bíblia foi enaltecida, com testes como o concurso “Bom de Bíblia” e de oratória cristã, além de música sacra. A história da Igreja Adventista entrou em pauta com a campanha “Eu conheço minha história”, patrocinado pelo Ministério da Criança. O desbravador Elvis Medeiros de Melo, 14 anos, de Natal, RN, animou seu clube ao posar com o boneco Guigo, o mascote da campanha. O adolescente é o vencedor de um concurso de conhecimentos sobre a Igreja Adventista, patrocinado pelo projeto.
O chamado à missão teve um gosto especial com a realização diária de batismos. Adolescentes que já viviam em rotina de clubes de desbravadores deram testemunho público de conversão ao adventismo, através de batismo em um tanque estilizado que lembrava a logomarca dos desbravadores. Na segunda-feira, houve 14 batismos e um apelo para a participação de todos em campanhas missionárias.
A participação ativa dos jovens em projetos da Igreja depende da dedicação dos líderes. E não faltou motivação durante o campori, especialmente com a realização de uma das maiores investiduras já ocorridas na história do clube de desbravadores no Nordeste. Cerca de 400 líderes foram investidos e receberam a missão de servir de exemplo para a juventude. Papel desempenhado com afinco por Gilenio Pereira da Silva, 53 anos e um pioneiro dos desbravadores para o sul da Bahia. Gilenio tomou a decisão de viajar ao campori de bicicleta, percorrendo uma estrada de 1.563 km. Gilenio fez o trajeto em dez dias, perdeu quatro quilos com a viagem, sentiu febre e sofreu com problemas estomacais, mas chegou empolgado ao acampamento pela oportunidade que teve de parar em alguns lugares e evangelizar para as pessoas.
Momentos de consagração - Ao final do evento, o pastor Elmar Borges aproveitou a realização de uma encenação sobre a volta de Jesus, e conclamou todos os participantes a consagrarem-se a Deus. Desse modo, acredita o líder, será possível estar vigilante e se preparar para o grande encontro. “Quem sabe o próximo campori não será realizado no Céu, para a alegria e refrigério de todos nós, disse.
Os desbravadores são um dos principais projetos sociais e cristãos da Igreja Adventista do Sétimo Dia em todo o mundo. Através do clube, meninos e meninas se acostumam com uma rotina rígida e cheia de controle, expressa através de marchas, desfiles e estudos da natureza, dos animais e das relações humanas. Segundo estudiosos, essa é a receita da satisfação dos adolescentes com esse tipo de evento. “Ao adotar uma rotina rígida, os adolescentes, sem ter uma definição sobre a própria vida, sentem segurança; e ao propor gincanas, se atende ao desejo de competitividade comum a essa faixa etária”, disse a psicóloga Eliane Lira. Com uma receita assim, é fácil entender o sucesso dos desbravadores e de um evento como o Campori do Nordeste. Cansados, mas jamais desanimados, os desbravadores encerraram o acampamento com a certeza de que algo semelhante a um ritual de passagem aconteceu em suas vidas. “Tenho certeza de que não sou mais a mesma pelo tanto que aprendi aqui”, disse Stephanie de Sá, 15 anos, de Salvador, BA, não sem antes fazer o “v” de vitória com as amigas para a foto.

3 comentários:

  1. melhor campori da minha vida!!!!
    mais de 14 mil desbravdores louvando ao senhor

    parabéns pero o site nota 1000 pra vcs.
    maranata!!!!
    o senho logo vem.

    acacio gersom

    instrutor do clube raizes do sertão
    MPeC

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  2. Foi muito bom muitas pessoas aprendendo mais de Deus.Foi sol foi chuva mais estavamos todos lá para receber bençãos dos ceú e Deus derramou bastante mesmo.Foi a melhor coisa que ja tinha acontecido na minha vida.

    jadiely do clube Pantera Negra
    ape

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  3. Olá Esse foi o melhor campori e o primero campori de minha vida fiquei muito emoçionado
    apesar de eu ter min batizado lá na frente de 14 mil desbravadores e ainda mais na abertura do campori esse conceteza foi o melhor dia de minha vida agradeço tbm ao meu diretor luis eduardo do club PANTERA NEGRA APe


    ass: Junior Alexandre

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